quarta-feira, 30 de junho de 2010

O TREM DA VIDA

















O   TREM DA VIDA



Quando nascemos, entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que,


julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco: nossos pais. Infelizment, isto não é


verdade. Em alguma estação, eles descerão e nos deixarão órfãos do seu carinho, amizade


e companhia insubstituíveis, mas isto não impede que, durante a viagem, pessoas


interessantes e que virão a ser super especiais para nós, embarquem: nossos irmãos,


amigos e amores inesquecíveis. Muitas pessoas tomam o trem, apenas, a passeio.


Outros encontrarão nessa viagem, somente, tristezas. Outros, ainda, circularão pelo trem,


sempre prontos a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas.


Outras tantas passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu assento,


ninguém sequer o percebe. Curioso é constatar que alguns passageiros que nos são tão


caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos e somos obrigados a fazer esse


trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante a viagem, atravessemos,


com grande dificuldade, o nosso vagão, a fim de chegarmos até eles... só que,


infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já haverá alguém ocupando


aquele lugar. E assim é a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas,


despedidas... porém, jamais, retornos. Façamos, pois, essa viagem, então, da melhor


maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando,


em cada um deles, os que tiverem de melhor, lembrando sempre, que em algum


momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisaremos entender


isto, porque nós, também, fraquejamos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que


nos entenderá. O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada


desceremos, muito menos os nossos companheiros de viagem, nem mesmo aquele que


está sentado ao nosso lado. Eu fico pensando se, quando descer desse trem, sentirei


saudades... Acredito que sim. Separa-me de alguns amigos que fiz nessa viagem, será, no


mínimo, dolorido, como deixar meus filhos, fazendo a viagem sozinho. Isto, com certeza,


será muito triste, mas, me agarro a esperança de que, em algum momento, estarei na


estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não


tinham quando embarcaram... e o que vai me deixar feliz será verificar que eu colaborei


para que ela tenha crescido e se tornado valiosa. Amigo, façamos com que a nossa estada,


nesse trem da vida, seja tranqüila, que tenha valido a pena e que, quando chegar a hora de


desembarcamos, o nosso vazio deixe saudades e boas recordações para todos aqueles que


prosseguirem a viagem...

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