sábado, 9 de julho de 2011

- Nossa liberdade-======Paulo Roberto Gaefke

Mesmo solitários,

não deixamos de ser duas partes...

Uma, deseja ficar em profundo silêncio...

Outra quer gritar ao mundo

o desejo de amar.

Mesmo doentes,

não deixamos de ter dois desejos...

Um quer a cura imediata,

sair da prostração,

Outro quer permanecer

cercado de cuidados, atenção...

Mesmo perdidos em nossos devaneios,

não deixamos de desejar dois destinos...

Um quer a glória passageira da fama,

Outro quer apenas

a vitória sobre nossos dramas,

ser feliz no anonimato do tempo.

Somos assim,

concâvo e convexo,

Luz e escuridão

em uma mesma alma,

Uma parte que ri de qualquer coisa,

E outra que chora por nada.

Contradição e certeza,

Amor e desinteresse,

Paz e guerra,

Desejos e saciedade.

Estranhos personagens

que habitam em nós,

nessa novela chamada vida.



Por isso, não se estranhe!

Viva cada momento da sua vida com intensidade,

lembre-se mais das coisas boas...

E por favor, esqueça-se dos maus momentos.

Aposente as dores, distraia a ilusão,

faça um trato com o amor, e ame muito...



E mais do que nunca,

Esqueça qualquer rancor,

Perdoe todas as ofensas, todas as pessoas...

As que já fizeram algo que você não gostou,

E aquelas que ainda nem erraram.

Seja livre!

Tudo só vale a pena

com a liberdade!

Até para dizer

que quer ficar preso ao velho amor,

preso ao velho emprego,

preso ao velho sonho,

preso em você.



Isso é liberdade total!

Essa capacidade

de dizer que se ama

e que vale a pena ser feliz

é uma doce prisão da nossa liberdade

de ser simplesmente o que somos!

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