Por Paulo Roberto Gaefke
Que a minha carência não me cegue.
Que os meus desejos não turvem a mente.
Que eu seja capaz de pensar e pesar;
prós e contras, oque me favorece,
e aquilo que só me atrapalha.
Muitos andam por ai com o coração exposto.
Parecem pedintes de amor e misericórdia.
Fugitivos da solidão, carentes de emoção.
Querem pouco, querem atenção.
Almas aflitas em busca de amparo.
Vivemos um tempo de muitos amigos virtuais,
mas poucos ombros para encostar e desabafar.
Muitos lêem o que twittamos.
Muitos "curtem" no facebook.
Seguem curiosos no Orkut.
Mas poucos são aqueles que batem em nossa porta,
entram, sentam no sofá da sala e nos ouvem com atenção.
raros aqueles que podemos abrir a alma,
soltar esse grito que anda preso na garganta,
essa ausência que tanto maltrata.
Felizes os que não tem tempo nem para twittar,
namorando no parque sem conexão.
Conectados com a Natureza, com o amor real.
Não se iluda com o que te apresentam pelo teclado.
Não caia na cilada do coração carente.
Visite, converse, saia, seja coerente.
A vida pede envolvimento.
O amor pede conhecimento.
Que a carência não te cegue!
Que os seus desejos não turvem a sua mente.
Que você possa sair, encontrar o amor e vive-lo intensamente.
Para dizer depois, ainda que tenha terminado de forma besta:
- Eu me dediquei ao amor que brotou em mim.
Eu sei amar!
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Paulo Roberto Gaefke
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