As Quatro Estações
Escrito por Reginaldo Pacheco
Primavera
É tempo de abrir as flores,
Enfeitar paisagem,
Derramar de odores e de
Encher a vida de afetos e de amores.
Tudo e todos se transformam
Em poesias, sons e cores.
Sensibilidade a flor da pele,
É primavera a estação das flores.
Como seria viver sem esta estação
De encantamento, versos e de canção?
Não haveria gorjear de pássaros,
Nem o pulsar do velho coração.
Quando era moço isso não percebia,
Passava ao largo dessa emoção.
Hoje observo deleito-me e constato:
A primavera é minha paixão.
Verão
Estação sem com promisso.
Incita-nos ao lazer e ao ócio.
É só farra, amor e mar
Sem trabalhos ou negócios.
A alta temperatura,
Cabeça em ebulição,
É folguedo e loucura,
Só prazer e emoção.
Tempo das louras geladas
E das morenas bem quentes.
As mulatas empinadas e
Brancas indiferentes.
Saias curtas e bermudas,
Samba, chopp e futebol.
Doce faina todo o tempo
Do nascer ao por do sol.
OUTONO
Folhas amareladas
Caindo e se espalhando
Dias menos luminosos
É o outono chegando.
Alegria não é toral
Mas tristeza também não,
E a moda rotulando:
Tempo da meias estação.
Menos aves e gorjeios
Tudo fica mais ou menos;
Nem tão quente nem tão frio,
Outono tempo ameno.
INVERNO
Tudo cinza e sem graça
Sem luz, sem sol, sem calor.
É tempo de refletir
Sobre a vida e o amor.
Tudo é bem mais pesado
Roupas, tempo e o clima.
Homens bem mais comportados
Sem ver pernas de meninas.
Estação fria e monótona
SEm graça e sem paixão.
Falo mesmo do inverno
Sem saudades ou excitação.
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