sexta-feira, 16 de julho de 2010

AS QUATRO ESTAÇÕES

As Quatro Estações



Escrito por Reginaldo Pacheco




Primavera






É tempo de abrir as flores,






Enfeitar paisagem,






Derramar de odores e de






Encher a vida de afetos e de amores.














Tudo e todos se transformam






Em poesias, sons e cores.






Sensibilidade a flor da pele,






É primavera a estação das flores.














Como seria viver sem esta estação






De encantamento, versos e de canção?






Não haveria gorjear de pássaros,






Nem o pulsar do velho coração.














Quando era moço isso não percebia,






Passava ao largo dessa emoção.






Hoje observo deleito-me e constato:






A primavera é minha paixão.














Verão






Estação sem com promisso.






Incita-nos ao lazer e ao ócio.






É só farra, amor e mar






Sem trabalhos ou negócios.










A alta temperatura,






Cabeça em ebulição,






É folguedo e loucura,






Só prazer e emoção.






Tempo das louras geladas






E das morenas bem quentes.






As mulatas empinadas e






Brancas indiferentes.






Saias curtas e bermudas,






Samba, chopp e futebol.






Doce faina todo o tempo






Do nascer ao por do sol.










OUTONO






Folhas amareladas






Caindo e se espalhando






Dias menos luminosos






É o outono chegando.










Alegria não é toral






Mas tristeza também não,






E a moda rotulando:






Tempo da meias estação.










Menos aves e gorjeios






Tudo fica mais ou menos;






Nem tão quente nem tão frio,






Outono tempo ameno.










INVERNO






Tudo cinza e sem graça






Sem luz, sem sol, sem calor.






É tempo de refletir






Sobre a vida e o amor.










Tudo é bem mais pesado






Roupas, tempo e o clima.






Homens bem mais comportados






Sem ver pernas de meninas.










Estação fria e monótona






SEm graça e sem paixão.






Falo mesmo do inverno






Sem saudades ou excitação.


































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